sexta-feira, 28 de novembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
sábado, 8 de novembro de 2014
AS BRUXAS
NA IDADE MODERNA COMO CONTRAMÃO AO PODER DO HOMEM
Na idade
moderna surge de onde o homem não esperava, a figura feminina aparentemente
frágil que desta vez destinguia poder e soberania ao que muitos não conheciam,
a magia.
Numa
sociedade dominada pela figura masculina, onde a palavra ordem era imposta,
lindas mulheres, meigas donzelas e frágeis senhoras desmembravam uma figura que
temia o pensamento masculino e consequentemente as famílias lideradas por eles,
e éra somente por eles que elas realmente eram lideradas ao que se tem
conhecimento.
O imaginário
humano fez com que acreditassem os leigos no assunto que elas até dançavam com
o diabo em seus rituais macabros. Tais discursos a respeito da existência da
bruxa tinham cunho romântico e eclesiástico. O discurso romântico se propagou
ao longo do século XIX, e o eclesiástico nos enunciados seculares dos cristãos
contra as práticas pagãs.
Esses
duelos característicos relativos do feminino ao masculino são visivelmente
observados nos atributos divinais de construção cultural ao longo da História.
Surge a bruxa como figura humana não divinal construindo uma parâmetro de poder
do divino e feminino. Dai então, inicialmente e preponderamente, figura de
medo.
Através
dessa imagem feminina humanamente criada como figura independente, dona do seu
corpo e destino, sem a imposição do homem.
É uma
imagem ambígua que define a bruxa tanto como bela,meiga e sedutora moça como a
velha decrepita senhora. Ambas figuras de poder feminino.
Os contos
de fadas trazem muito da bruxa que a Inquisição condenava. Como um ser histórico
e anti-social, a bruxa por todas as eras traz as marcas impostas pela
sociedade. Pagava por crimes como os que as levavam a degeneração do corpo, com
o justificativa por parte de quem as condenava ( estamos falando da
Inquisição), de que o próprio servia de amuleto para o contato com demônios
onde o ato sexual com finalidade de força e poder sobrenatural, era mantido.
Dai então temos que, também as mulheres que a sociedade se incomodava de ter em
seu meio, eram castigadas como bruxas e que praticavam atos ilícitos as regras
humanas. É claramente percebível que, qualquer mulher que fugisse a regra de
obedecer a um homem ou que fosse além do conhecimento social, era praticante de
bruxaria. Mulher não podia se expressar demais.
Acreditava-se
também que não bastava apenas matar uma bruxa e enterra-lá pois, provocava
tanto medo que acreditavam na sua imersão da sepultura mesmo praticamente
morta, como uma vampira.
Essa
condenação das bruxas, mulheres acusadas de tal prática que levava o homem e a
mulher “de bem”, acreditar que eram uma ameaça, também era considerada uma
grande ameaça ao poder do clero que nos apresenta uma idéia de ser
teocentrista.
A forma de
se pensar na época quanto a mulher ter poder, o que afugentava o pensamento de
muitos líderes, nos traz uma idéia de que a mulher estava por adquirir uma
forma, uma causa libertária das prisões sociais dessa época. É como se a mulher
quisesse mostrar que não é apenas uma forma de produção e sim, um ser humano
igual ao homem onde buscava ser reconhecida, sendo temida até pelas senhoras,
mulheres também que seguiam os padrões da sociedade.
A
inteligência so ser humano levá a tantas reflexões onde o que é estranho não
deixa de ser curioso. O que não é de costume, torna-se ameaça. Hoje a bruxaria
não é condenada como antes, tendo em vista que temos muitos relatos de
seguidores da religião Wicca e Sabah, bruxos da que pregam as forças da natureza
e forças sobrenaturais que muitas vezes desconhecemos. Vê-se ai a luta feminina
com resultados no agora, no nosso tempo presente.
A medicina
caseira vem de um antigo costume de tradições milenares, incluindo ai a
bruxaria que já foi condenada. O que hoje não se vê mais como apenas prática
oculta. Pessoas parecem confiar mais no que pode lhes ajudar de forma mais condensada.
A
gargalhada de uma bruxa interpretada por vários conceitos históricos é tida
também como personagem da conceituação psicanálítica e psicológicas. Deixa claro
que o homem temia a mulher que não era mantida sobre suas ordens. A gargalhada
afugentava o poderio masculino.
Inúmeras
considerações são feitas sobre a magia da bruxaria, porém, há apenas suposições
quanto a manifestações sobrenaturais de culto. O concreto se encontra nas curas
medicinais e nas advinhações do que se tem registro que realmente leve a uma
reflexão quanto ao esforço do lado feminino em querer também mostrar que são
capazes. A mulher faz parte também de uma história de conquistas por mostrar
que pode ocupar o seu espaço sem força física, buscando ser dinâmica, embora
demorasse para ser mais entendida.
A bruxa
carregava os saberes não racionais que todos temiam. Mas isso ainda é hoje algo
que certos leigos temem. Basta conhecer para temer menos.
A bruxa é
a figura da mulher vitoriosa pois sobreviveu aos séculos e buscou ser entendida pela
história como sendo imagem também de respeito e admiração.
BIBLIOGRAFIA
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 3ed, rev. e aum. Brasília,
Instituto Nacional do Livro, 1972.
CERIDWEN, Mavesper. Wicca Brasil: Guia de rituais das deusas
brasileiras. São Paulo: Gaia, 2003.
Fonte da imagem:http://www.proibidoler.com/
terça-feira, 4 de novembro de 2014
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