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sábado, 8 de novembro de 2014


AS BRUXAS NA IDADE MODERNA COMO CONTRAMÃO AO PODER DO HOMEM

Na idade moderna surge de onde o homem não esperava, a figura feminina aparentemente frágil que desta vez destinguia poder e soberania ao que muitos não conheciam, a magia.
Numa sociedade dominada pela figura masculina, onde a palavra ordem era imposta, lindas mulheres, meigas donzelas e frágeis senhoras desmembravam uma figura que temia o pensamento masculino e consequentemente as famílias lideradas por eles, e éra somente por eles que elas realmente eram lideradas ao que se tem conhecimento.
O imaginário humano fez com que acreditassem os leigos no assunto que elas até dançavam com o diabo em seus rituais macabros. Tais discursos a respeito da existência da bruxa tinham cunho romântico e eclesiástico. O discurso romântico se propagou ao longo do século XIX, e o eclesiástico nos enunciados seculares dos cristãos contra as práticas pagãs.
Esses duelos característicos relativos do feminino ao masculino são visivelmente observados nos atributos divinais de construção cultural ao longo da História. Surge a bruxa como figura humana não divinal construindo uma parâmetro de poder do divino e feminino. Dai então, inicialmente e preponderamente, figura de medo.
Através dessa imagem feminina humanamente criada como figura independente, dona do seu corpo e destino, sem a imposição do homem.
É uma imagem ambígua que define a bruxa tanto como bela,meiga e sedutora moça como a velha decrepita senhora. Ambas figuras de poder feminino.
Os contos de fadas trazem muito da bruxa que a Inquisição condenava. Como um ser histórico e anti-social, a bruxa por todas as eras traz as marcas impostas pela sociedade. Pagava por crimes como os que as levavam a degeneração do corpo, com o justificativa por parte de quem as condenava ( estamos falando da Inquisição), de que o próprio servia de amuleto para o contato com demônios onde o ato sexual com finalidade de força e poder sobrenatural, era mantido. Dai então temos que, também as mulheres que a sociedade se incomodava de ter em seu meio, eram castigadas como bruxas e que praticavam atos ilícitos as regras humanas. É claramente percebível que, qualquer mulher que fugisse a regra de obedecer a um homem ou que fosse além do conhecimento social, era praticante de bruxaria. Mulher não podia se expressar demais.
Acreditava-se também que não bastava apenas matar uma bruxa e enterra-lá pois, provocava tanto medo que acreditavam na sua imersão da sepultura mesmo praticamente morta, como uma vampira.
Essa condenação das bruxas, mulheres acusadas de tal prática que levava o homem e a mulher “de bem”, acreditar que eram uma ameaça, também era considerada uma grande ameaça ao poder do clero que nos apresenta uma idéia de ser teocentrista.
A forma de se pensar na época quanto a mulher ter poder, o que afugentava o pensamento de muitos líderes, nos traz uma idéia de que a mulher estava por adquirir uma forma, uma causa libertária das prisões sociais dessa época. É como se a mulher quisesse mostrar que não é apenas uma forma de produção e sim, um ser humano igual ao homem onde buscava ser reconhecida, sendo temida até pelas senhoras, mulheres também que seguiam os padrões da sociedade.
A inteligência so ser humano levá a tantas reflexões onde o que é estranho não deixa de ser curioso. O que não é de costume, torna-se ameaça. Hoje a bruxaria não é condenada como antes, tendo em vista que temos muitos relatos de seguidores da religião Wicca e Sabah, bruxos da que pregam as forças da natureza e forças sobrenaturais que muitas vezes desconhecemos. Vê-se ai a luta feminina com resultados no agora, no nosso tempo presente.
A medicina caseira vem de um antigo costume de tradições milenares, incluindo ai a bruxaria que já foi condenada. O que hoje não se vê mais como apenas prática oculta. Pessoas parecem confiar mais no que pode lhes ajudar de forma mais condensada.
A gargalhada de uma bruxa interpretada por vários conceitos históricos é tida também como personagem da conceituação psicanálítica e psicológicas. Deixa claro que o homem temia a mulher que não era mantida sobre suas ordens. A gargalhada afugentava o poderio masculino.
Inúmeras considerações são feitas sobre a magia da bruxaria, porém, há apenas suposições quanto a manifestações sobrenaturais de culto. O concreto se encontra nas curas medicinais e nas advinhações do que se tem registro que realmente leve a uma reflexão quanto ao esforço do lado feminino em querer também mostrar que são capazes. A mulher faz parte também de uma história de conquistas por mostrar que pode ocupar o seu espaço sem força física, buscando ser dinâmica, embora demorasse para ser mais entendida.
A bruxa carregava os saberes não racionais que todos temiam. Mas isso ainda é hoje algo que certos leigos temem. Basta conhecer para temer menos.
A bruxa é a figura da mulher vitoriosa pois sobreviveu aos séculos e buscou ser entendida pela história como sendo imagem também de respeito e admiração.







 BIBLIOGRAFIA

CASCUDO,  Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 3ed, rev. e aum. Brasília, Instituto Nacional do Livro, 1972.
CERIDWEN, Mavesper. Wicca Brasil: Guia de rituais das deusas brasileiras. São Paulo: Gaia, 2003.
Fonte da imagem:http://www.proibidoler.com/